domingo, 29 de maio de 2011

24 RESPOSTAS PARA AS PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE INCLUSÃO.


As soluções para os dilemas que o gestor enfrenta ao receber alunos com deficiência

Um desenho feito com uma só cor tem muito valor e significado, mas não há como negar que a introdução de matizes e tonalidades amplia o conteúdo e a riqueza visual. Foi a favor da diversidade e pensando no direito de todos de aprender que a Lei nº 7.853 (que obriga todas as escolas a aceitar matrículas de alunos com deficiência e transforma em crime a recusa a esse direito) foi aprovada em 1989 e regulamentada em 1999. Graças a isso, o número de crianças e jovens com deficiência nas salas de aula regulares não para de crescer: em 2001, eram 81 mil; em 2002, 110 mil; e 2009, mais de 386 mil - aí incluídas as deficiências, o Transtorno Global do Desenvolvimento e as altas habilidades.

Hoje, boa parte das escolas tem estudantes assim. Mas você tem certeza de que oferece um atendimento adequado e promove o desenvolvimento deles? Muitos gestores ainda não sabem como atender às demandas específicas e, apesar de acolher essas crianças e jovens, ainda têm dúvidas em relação à eficácia da inclusão, ao trabalho de convencimento dos pais (de alunos com e sem deficiência) e da equipe, à adaptação do espaço e dos materiais pedagógicos e aos procedimentos administrativos necessários.

Para quebrar antigos paradigmas e incluir de verdade, todo diretor tem um papel central. Afinal, é da gestão escolar que partem as decisões sobre a formação dos professores, as mudanças estruturais e as relações com a comunidade. Nesta reportagem, você encontra respostas para as 24 dúvidas mais importantes sobre a inclusão, divididas em seis blocos.

sábado, 14 de maio de 2011

Os Desafios da Inclusão Escolar no Cotidiano da Escola Regular

"Traçar um plano de inclusão é algo que precisa ser pensado e planejado, bem como desenvolver políticas claras de que demanda um processo complexo e, sobretudo, fundamental no espaço educacional"
Janilcélia de Fátima Neves
O presente artigo aborda o cotidiano de uma escola regular da rede municipal de ensino que desenvolve o processo de inclusão, implementado a partir da matrícula de uma criança com síndrome de Down. A partir do relato do dia a dia e dos procedimentos vivenciados, apresenta uma análise do processo de planejamento das aulas, avaliação, currículo e do projeto pedagógico existente, bem como das crenças e resistências dos profissionais envolvidos. A escuta desse cotidiano permitiu a constatação da necessidade de discussão do verdadeiro significado da inclusão em sua dimensão teórica e prática. Indica, também, que a construção de uma efetiva Escola Inclusiva precisa acontecer a partir de transformações nos diferentes segmentos analisados, garantindo um processo de qualidade para todas as crianças.
Introdução
A escola regular como espaço educacional de todos vem a cada dia sendo mais questionada pelas suas práticas cotidianas. A discussão sobre a inclusão de todos neste ambiente, tem, recentemente, exigido propostas político pedagógicas inovadoras que estimulem as diferenças individuais e assegurem oportunidades iguais aos alunos. Sobretudo, a resistência à mudança de paradigma tem levado essa ambiência a selecionar uma parcela da população que se adapte bem às demandas que esse modelo educacional determina.

Através desse ponto de vista foi lançada a tarefa de pesquisar a escola regular de todos, na intenção de observar e refletir se este espaço proporciona a igualdade de oportunidades e respeita as diferenças no seu interior.
Para tanto, o cenário escolhido para realizar este trabalho de investigação foi uma escola da rede regular de ensino da rede municipal da cidade de Arcos, durante o período de novembro de 2003 a abril de 2004. A escolha dessa escola ocorreu pelo fato da mesma ter implementado um projeto de inclusão a partir da matrícula de uma criança com deficiência.
Para realizar a pesquisa ficou traçado como objetivo principal, analisar a escola regular nas instâncias da elaboração do projeto político pedagógico, do desenvolvimento da prática pedagógica, do currículo, da avaliação e das crenças e resistências dos profissionais da escola e como estava desenvolvendo seu trabalho de inclusão de todos.
A metodologia desse trabalho se baseou numa pesquisa de natureza qualitativa, onde foram realizadas observações diretas na escola e na sala de aula de educação infantil onde se encontrava matriculada uma criança com síndrome de Down. Nesse contexto, também, foram realizadas as entrevistas semi-estruturadas com a diretora, a supervisora pedagógica e a professora da referida classe. Na oportunidade, foi feita uma análise do projeto político pedagógico da escola para uma leitura detalhada de seus elementos constitutivos.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Relatório de alunos que apresentaram dificuldade no processo de ensino aprendizagem


ALUNOS QUE APRESENTARAM MAIOR DIFICULDADE NO PROCESSO ENSINO APPRENDIZAGEM NO 2° BIMESTRE
Os casos que mais me preocupa são do Xxxxxxxx, do Xxxxxxxx e da xxxxxxx.

A xxxxxxx teve muitos avanços e já está na fase de escrita silábica alfabética (na lista de palavras), porém, ainda demonstra muita insegurança necessitando de muito auxílio individual e intervenções. Percebo que a mesma não recebe orientações em casa, dessa forma, tento me desdobrar para auxiliá-la e também motivá-a. É uma criança carente e meiga. Seu desejo é ser aceita, é receber elogios. Os elogios tornam-se alavancas para que busque novas aprendizagens. Estou trabalhando sua auto estima e confiança. Vejo a cada dia novos progressos, mas muito caminho ainda há para trilhar.

O Xxxxxxxx está no nível de escrita silábico com valor em transição para o silábico alfabético. Suas dificuldades de relacionamento e adaptação aliadas às faltas consecutivas dificultaram o processo ensino aprendizagem. Após chamarmos a mãe para conversar e conscientizar sobre a necessidade da assiduidade, o aluno tem faltado menos às aulas. Notei também que esse tem dificuldades de visão, já fez o exame e estamos aguardando as lentes. Mudei o aluno para uma carteira de frente e vi que sua concentração nas atividades aumentou. Esse tripé: visão-faltas-adaptação geraram muitas dificuldades. Foi difícil detectar cada uma das causas (fora as faltas que eram evidentes) mas, agora que já conhecemos parte dos problemas ficará mais fácil ajudá-lo.

O caso do Xxxxxxxx é o mais preocupante. Ele é franzino, muito pequeno e imaturo. Não consegue se manter concentrado por muito tempo e tem muita dificuldade de memorização.

Conhece e nomeia as vogais, mas não conhece a maioria das consoantes nem os numerais. Além dos problemas de aprendizagem ele tem muitos problemas familiares. Ele vive somente com o pai, a mãe os abandonou. É apenas o pai e ele. O pai não tem tempo suficiente para zelar pelo seu material, para orientá-lo e para auxiliá-lo nos estudos extra-classe. O pai tem muita dificuldade de entender o que tentamos lhe passar. É difícil falar com o mesmo sobre o filho, ele sempre diz não ter tempo ou diz que vai estacionar o carro e logo volta, porém não retorna.

Ele perde todo material que lhe damos ou emprestamos e os materiais de apoio que faço para que consiga desenvolver as atividades. Isso dificulta ainda mais o trabalho.

Tenho realizado trabalho de recuperação contínua com esses alunos e com outros que ainda apresentam dificuldade. Com esses três que citei o trabalho é mais intensivo e sistemático. Trabalho com o Xxxxxxxx e a xxxxxxx em dupla produtiva, o Xxxxxxxx é um trabalho mais individualizado. Uma vez por semana dedico uma aula para os três.

Durante esse tempo desenvolvo a consciência fonológica mediante jogos e escrita de palavras. Dou atenção exclusivamente para eles. Durante a semana vou trabalhando com um ou outro durante o desenvolvimento das atividades. Busco lançar desafios, fazer com que reflitam sobre a fala e a escrita, sobre a relação falado/escrito. Faço intervenções e interferências buscando auxiliá-los.

Sonia Ubeda
Professora Alfabetizadora
Moderadora
Fonte site: http://professoressolidarios.blogspot.com/search/label/Relat%C3%B3rio%20de%20aluno

Os 10 mandamentos do dever de casa e os 10 mandamentos do pai do bom estudante.

1 - Jamais faça a lição de casa por seu filho ou permita que outros o façam (avós, empregada, irmão mais velho, amigo). Tenha clareza de que a lição é de seu filho e não sua, portanto, ele tem um compromisso e não você. Deixe-o fazendo a sua tarefa e vá fazer algo seu. Ele precisa sentir que o momento da tarefa é dele.

2 - Organize um espaço e um horário apropriados para ele fazer as tarefas.

3 - Troque ideias ou formule perguntas para ajudar no raciocínio, mas só se for requisitado. Não dê respostas, faça perguntas, provoque o raciocínio.

4 - Diga "tente novamente" diante da queixa. Refaça. Recomece. Caso seu filho perceba que errou, incentive-o a buscar o acerto ou uma nova resposta. Demonstre com exemplos que você costuma fazer isso. Nesse caso, valem os itens anteriores para reforçar este.

6 - Torne o erro construtivo. Errar faz parte do processo de aprender (e de viver!). Converse, enfatizando a importância de reconhecermos os nossos erros e aprendermos com eles. Conte histórias que estão relacionadas a equívocos.

7 - Lembre-se de que fazem parte das tarefas escolares duas etapas: as lições e o estudo para rever os conteúdos. As responsabilidades escolares não findam quando o aluno termina as lições de casa. Aprofundar e rever os conteúdos é fundamental.

8 - Não misture as coisas. Lição e estudar são tarefas relacionadas à escola. Lavar louça, arrumar o quarto e guardar os brinquedos são tarefas domésticas. os dois são trabalhos, no entanto, de naturezas diferentes. Não vincule um trabalho ao outro, e só avalie as obrigações domésticas.

9 - Não julgue a natureza, a dificuldade ou a relevância da tarefa de casa. A lição de casa faz parte de um processo que começou em sala de aula e deve terminar lá. Se você não entendeu ou não concordou, procure a escola e informe-se. Seu julgamento pode desmotivar seu filho e até mesmo despotencializar a professora e, consequentemente, a tarefa de casa e seus objetivos.

10 - Demonstre que você confia em seu filho, respeita suas iniciativas e seus limites e conhece suas possibilidades. crie um clima de camaradagem e consciência na família, mas não deixe de dar limites e ser rigoroso com os relapsos e irresponsabilidades.

Isabel Cristina Parolin, autora do livro Pais Educadores - É Proibido Proibir? Ed. Mediação.


terça-feira, 10 de maio de 2011

Sugestões para preenchimento do relatório de desempenho do aluno


Essa dica é muito importante, não tenho o nome de quem elaborou, mas muitas vezes possuímos dificuldades para elaborar um simples relatório por não estarmos acostumados a fazê-lo.

Com as dicas abaixo, creio que ficará bem mais fácil.
Observações
É importante considerar, na construção do relatório os seguintes critérios:
  • A avaliação deve ser sempre enfatizar os avanços e não apenas os fracassos. Registrar o que o aluno conseguiu e em que progrediu;
  • Valorizar e registrar o desenvolvimento sócio afetivo como: participação, solidariedade, posicionamento, sentimentos;
  • É preciso registrar a participação do aluno nos projetos desenvolvidos no bimestre;
  • Deve-se proceder relação com o registro anterior;
  • Diversificar a redação de um aluno para o outro, buscando se fiel em suas colocações.

Sugestões para iniciar relatórios
  • Com base nos objetivos trabalhados no bimestre, foi possível observar que o aluno...
  • Observando diariamente o desempenho do aluno, foi constatado que neste bimestre...
  • A partir das atividades apresentadas, o aluno demonstrou habilidades em...
  • Com base na observação diária, foi possível constatar que o aluno...

Desenvolvimento cognitivo
  • O aluno demonstra um ótimo aproveitamento na aquisição da leitura e escrita.
  • O aluno apresenta bom desenvolvimento no processo de aquisição da leitura e da escrita.
  • O aluno está desenvolvendo-se gradualmente no processo de aprendizagem da leitura e da escrita.
  • Encontra-se em desenvolvimento no processo de aprendizagem da leitura e da escrita.
  • Tem um bom desenvolvimento cognitivo, mas apresenta dificuldades na leitura, contudo com a realização da recuperação paralela tem apresentado avanços importantes.
  • Lê com fluência qualquer tipo de texto, fazendo conexões com a realidade.
  • Lê e interpreta os textos trabalhados em aula sem maiores dificuldades.
  • Lê com alguma dificuldade, mas demonstra interesse e esforça-se em aprender.
  • Escreve, ordena e amplia frases, formando textos coerentes e lógicos.
  • Produz frases e pequenos textos com criatividade e entendimento.
  • Constrói o conceito lógico-matemático, realizando cálculos com as quatro operações matemáticas.
  • O aluno tem especial interesse nas atividades matemáticas.
  • Realiza cálculos simples de adição e subtração.
  • Realiza cálculos com auxilio de material concreto.
  • É curioso, questiona e busca informações.
  • Traz para a classe informações de fontes diversas como: radio, tv, jornais e etc.
  • Compreende as relações existentes entre os elementos do meio ambiente.
  • Compreende a importância da preservação do meio ambiente para o futuro do nosso planeta.
  • Adota hábitos de cuidados com o corpo e com o ambiente.
  • Nas atividades orais demonstra desenvoltura ...( ou inibição)
  • Ocasionalmente troca letras
  • Constrói frases criativas e elabora pequenos textos com linguagem e ilustrações significativas;
  • Expressa o que pensa relatando, argumentando, avaliando, relacionando, ordenando, generalizando, concluindo...;
  • Expressa a escrita representando ideias através de rabiscos, pseudo letras e outros símbolos
  • Lê com fluência vários tipos de textos interpretando-os;
  • Produz textos escritos com clareza, coerência e coesão;
  • Identifica e escreve seu nome completo;
  • Observa, descreve, analisa e sintetiza gravuras, reportagens e textos;
  • Apresenta dificuldades ortográficas
  • Identifica e escreve seu nome completo
  • Ainda não faz relação entre o que fala e escreve